domingo, 12 de abril de 2020

A PÁSCOA


"Assim, pois, o comereis : Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor"
(Êxodo 12 11)

Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado "judeus") celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira santa).
Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los da escravidão.  Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo (3-4).  Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: "Deixa ir o meu povo".  Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Móises, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamento contra o Egito.  No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada.  Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas.  Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar "todo primogênito" desde os homens até aos animais" (12.12).

Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor?
O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos.  Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (12.4).  Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa.  Quando o destuidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (Daí o termo Páscoa, do hebreu Pesah, que significa "pular além da marca", "passar por cima" ou "poupar").  Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios.  Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do "Cordeiro de Deus", que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (João 1.29).

A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA
A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria "estatuto perpétuo" (12.4).  Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.  Antes da construção do templo, em cada Páscoa os israelitas reuniram-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas.  Mais importante : recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão do Faraó.  Assim, de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito.  Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Deuteronômio 16:1-6).  O Antigo Testamento registra várias ocasiões em que uma Páscoa, especialmente relevante foi celebrada na cidade santa (2 Cr 30.1-20, 35.1-19: 2 Rs 23.21-23; Ed 6.19-22)
Nos tempos do Novo Testamento, os judeus observaram a Páscoa da mesma maneira.  O único incidente na vida de Jesus como menino, que as Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos de idade, para a celebração da Pascoa (Lucas 2.41-50).  Posteriormente, Jesus ia cada ano a Jerusalém para participar da Páscoa (Jo 2.13).  A última Ceia de que Jesus participou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma refeição da Páscoa (Mateus 25.1,2,17-19).  O próprio Jesus foi crucificado na Páscoa, como o Cordeiro pascoal que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle creem.
Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco.  Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Deuteronômio 16:1-6, a festa judaica contemporânea (Chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado.  Mas as famílias ainda se reunem para a solenidade.  Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo.

A PÁSCOA E JESUS CRISTO
Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo.  O Noto Testamento ensina explicitamente que as festas judaicas "são sombras das coisas futuras" (Colossenses 2.16-17: Hebreus 10.1), isto é, a redenção pelo sangue de Jesus Cristo.  Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.
1. O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus.  Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Deuteronômio 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Efésios 2.8-10; Tito 3.4,5)
2. O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte, o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (Exodo 12.13,23,27; Hebreus 9.22).
3. O cordeiro pascoal era um "sacrifício" (Exodo 12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente.  Paulo expresssamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1 Coríntios 5.7).
4. O cordeiro macho separado para morte tinha de ser "sem mácula" (Exodo 12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (João 8.46; Hebreus 4.15)
5. Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1 Corintios 10.16,17; 11.24-26).  Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz.  Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, "em memória" dEle (1 Corintios 11.24).
6. A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hebreus 11;28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7,13).  A salvação mediate o sangue de Cristo se obtém somente através da "obediência da fé" (Romanos 1.5; 16.26).
7. O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8).  Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção, esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, isto é, o mundo e o pecado.  Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.

(Estudo extraido da Bíblia de Estudo Pentecostal)

No momento atual, em todo o Mundo, vemos prenuncios, de que Jesus Cristo está as portas, para buscar os seus remidos.  Os sinais que estão em Apocalipse, estão acontecendo.
Como dizem, Israel é o relógio do mundo (cristão).  Então vejam e creiam que Israel, espera para esta páscoa a chegada do Messias.  No entanto, nós sabemos que este Messias esperado por eles, é um político.  Não é o nosso Jesus Cristo, que até hoje é rejeitado por eles, como sendo o Filho de Deus.  
Então se, houver noticias de que o Messias chegou a Israel, creiam que não é Jesus Cristo.  Será o anticristo, que virá reger as nações com mãos de ferro, criando o dominio unico, que estará sob o seu poder.
Arrependa-se hoje, e creia que Jesus Cristo, virá buscar os remidos.  A hora, nem Jesus sabe (Mateus 24.36).  Somente Deus.  Então se prepare e não saia da presença dEle.  Pois será como um abrir e piscar de olhos (1 Corintios 15.52).
Se você não acredita, leia Apocalipse do capítulo 4 em diante, e compare com os acontecimentos atuais.

sábado, 11 de abril de 2020

Quem É Deus Para Você?


...” chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós”.
(Tiago 4:8)


Um belo dia um jornalista querendo fazer uma reportagem sobre Deus saiu a procura de materiais.



Chegando a uma cidade pequena, ficou sabendo que nesta existia um homem que era uma sumidade em se tratando destes assuntos e assim saiu a procura do tal homem.




Ao ficar sabendo que o jornalista estava a sua procura e que viria a sua casa fazer a reportagem, o homem reuniu a família.


E se aprontaram para receber o tal jornalista.



Ao se encontrarem o jornalista foi muito bem recebido pelo homem sábio e sua família e ali fizeram um lanche, tomaram aquele cafezinho e tal.




No final do lanche já na sala da casa se assentaram todos presentes e deu-se inicio a reportagem.




O Jornalista foi logo perguntando: 





-- Senhor fulano, para o senhor o que é Deus?



Ficando de pé, respondeu o homem sábio:


-- Para falar de Deus... Precisamos ter uma posição de entonação correta!

-- Deus é o motor que move o mundo e não é movido por ninguém!

-- Deus é o Principio de tudo e o fim de tudo o que se vê!

-- Deus...



E homem falou um monte de coisas, que até o Jornalista ficou impressionado.


-- NOSSA NÃO SABIA QUE DEUS ERA ISSO TUDO!

 É SIM, E TEM MAIS...

NÃO! NÃO!  NÃO! Exclamou o jornalista super impressionado,  depois o senhor me fala mais.



O Jornalista vendo o  netinho do homem sábio na sala resolveu para quebrar o clima perguntar para o menino:


-- E para você quem é Deus?

O menino respondeu e fazendo gestos:



--Olha moço...  Deus é tão grande, mas tão grande que nem meu avo sabe responder direito.


-- E ao mesmo tempo Deus é tão pequenininho, mas tão pequenininho que cabe dentro do meu coração.

Pergunta ao amigo leitor: E PARA VOCÊ, 

QUEM É DEUS?

FRATERNALMENTE EM CRISTO
ELIANE DE SANTIS

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Qual O Preço De Nossa Fidelidade


Mas buscai primeiro o seu reino e a sua  justiça,  e  todas estas coisas vos serão acrescentadas.
(Mateus. 6:33)


Na época da Guerra Civil americana, os negócios com  algodão eram ilegais.


Apesar da proibição, muitos especuladores  sem escrúpulos tentavam comprar algodão no sul.

O  objetivo  era fazê-lo atravessar as linhas da União e vendê-lo com  grande
lucro no norte.


Um desses especuladores abordou o capitão de um barco a vapor no Mississippi oferecendo-lhe  100  dólares para  que  transportasse  o  algodão  para  ele. 

O  capitão recusou, lembrando-lhe que era ilegal.

--Eu darei a você  500 dólares, disse o homem.  Não," respondeu o capitão.

--Eu  lhe ofereço 1.000 dólares.

-- Não," disse  novamente  o  capitão. --Eu aumento a proposta para 3.000 dólares.

Neste momento, o capitão pegou sua pistola e apontando-a para o homem  falou: 
-- Saia deste barco! Você está chegando muito próximo  do  meu preço.


Até que ponto  conseguimos resistir às  tentações  oferecidas pelo mundo?


Qual tem sido  o  preço  de  nossa  honestidade?



Temos sido capazes de suportar, conservando a fidelidade  ao nosso Deus que nos tem convocado a viver de maneira  pura  e santa?


A história do "quero levar  vantagem  em  tudo"  tem  podido ofuscar o brilho da presença  de  Cristo  em  nossas  vidas?



Temos vendido a nossa bênção por uma promoção no emprego, ou por uma nota na Faculdade, ou pela  nossa  aceitação  em  um determinado grupo de amigos?



Jesus nos libertou do  pecado  e  das  trevas  deste  mundo, ofereceu-nos perdão e todo tipo de bênçãos  exatamente  para que nos afastássemos das  negociatas  ilícitas. 


Aquilo  que pode parecer um lucro imediato ou  um  progresso  sem  muito esforço pode ser, na realidade, o  primeiro  passo  para  a nossa destruição.

Podemos até dar  vários  passos  rápidos  à frente, mas  não  contaremos  com  as  mãos  do  Senhor  nos segurando  e  guiando,  e  a  possibilidade  de  uma  grande decepção pouco adiante é quase certa.


Deus pode acrescentar tudo de que você  necessita,   na  hora certa e da forma correta.


Não venda, de jeito nenhum, a  sua bênção.




FRATERNALMENTE EM CRISTO
ELIANE DE SANTIS

quinta-feira, 9 de abril de 2020

PAI, VOCÊ ESTÁ AÍ?



Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
(Salmos. 23:4)
Muitos anos atrás, escreve um autor desconhecido, um pequeno menino estava deitado em sua cama, preparado para dormir.
De repente, ele vira-se na direção da cama grande onde seu pai costumava dormir, e pergunta:  -- Pai, você está aí?     -- Sim, meu filho, foi a resposta.
O pequeno menino, virando-se para o outro lado, dormiu, calmo e tranquilo.
Atualmente o pequeno menino já é um homem velho de mais de setenta anos e, toda
noite, antes de ir dormir, ele olha para o alto, em direção ao rosto do Pai Divino e pergunta:

-- Pai, Você está aí?  E a resposta chega, clara e forte: -- Sim, meu filho.


Que coisa maravilhosa é ter a certeza de que nosso Pai está sempre perto de nós para nos proteger e abençoar.

Não apenas na hora de dormir, mas, em toda e qualquer situação, podemos descansar em Sua presença e entregar a Ele todas as nossas preocupações e inquietudes.


De que temos medo?

Por que não ousamos seguir adiante?
Muitas vezes sentimo-nos solitários, frustrados, derrotados.
Achamos que a vida não sabe sorrir para nós.
Lemos que o Senhor está conosco, todos os dias, mas não nos atrevemos a acreditar nisso.
Está escrito, mas é para outros.
Eu não consigo vencer, não consigo lutar, não consigo ser feliz.
E quem disse que não?
O exemplo do menino de nossa ilustração é perfeito para uma vida plena e abundante.
Ao lado do Senhor nada temos a temer.
Podemos ir a todos os lugares, desfrutar da alegria que a vida nos oferece, caminhar em direção a nossos sonhos sem a companhia das dúvidas que tiram a paz daqueles que não
conhecem a Deus.

Para que isso seja real em todos os nossos dias, basta apenas que em todos os nossos momentos e em todas as nossas decisões, não esqueçamos de perguntar:

“Pai, Você está aí?"

FRATERNALMENTE EM CRISTO
ELIANE DE SANTIS

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Cegos Que Enxergam O Caminho



...ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. (Salmos 139: 10)

Um programa de televisão, pouco antes das Olimpíadas de Inverno em 1988, apresentou um treinamento de esquiadores cegos para a prova de descida da montanha na neve. 

Formando pares com esquiadores videntes, eles recebiam instruções em terreno plano, sobre como vencer obstáculos. 

Quando eles aprendiam perfeitamente a mover-se em ziguezague, eles eram levados para o alto da montanha e começavam a descer em seus esquis, com os esquiadores videntes ao lado, gritando: 

"Esquerda... direita!"

Enquanto obedeciam aos comandos, podiam fazer todo o percurso e cruzar a linha de chegada, dependendo apenas da palavra dos esquiadores videntes. 

Era confiança plena ou catástrofe.  

Que retrato vívido da vida Cristã!  

Neste mundo, nós vivemos, na verdade, como cegos que não têm certeza da direção que devem seguir. 

Precisamos aprender o caminho que nos levará ao destino desejado.

Podemos confiar apenas nos ensinos daquele que enxerga corretamente o caminho, pois, Ele é o próprio Caminho.

Deus a tudo vê e conhece o curso que devemos seguir. 

Ele não apenas caminha ao nosso lado como nos dirige os passos para que não nos desviemos da rota.  

Seja em terreno plano, ou em terrenos acidentados, ou em subidas e descidas, no calor ou no frio, na água ou na neve, Ele nunca sai de nosso lado e, com Ele, a possibilidade de uma catástrofe é nula.

Muitas vezes, enquanto aprendemos a seguir o caminho do Senhor, sofremos pequenas quedas, algumas desilusões, instantes de frustração.

Mas, em todos esses momentos, sabemos que nos levantaremos, que retornaremos ao nosso percurso e ultrapassaremos à linha de chegada de nossas bênçãos.

Quando entregamos a vida ao Senhor, podemos participar de qualquer prova neste mundo, por mais difícil que seja. 

A Sua mão nos guiará sempre, Sua proteção será total e, ao final, receberemos o troféu de:
   
 "MAIS DO QUE VENCEDOR."

FRATERNALMENTE EM CRISTO
ELIANE DE SANTIS

terça-feira, 7 de abril de 2020

A Chamada de Abraão


" Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. "
Gênesis 12:1-3

A chamada de Abrão (posteriormente chamado de Abraão, 17:5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá início a um novo capítula na revelação do Antigo Testamento (AT ) sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana.  A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos.  Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus.  Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher.  Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão.

(1) A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1), para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11:13).  Em Abraão, Deus estava estabelecendo o princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles.

(2) Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma benção que alcançaria todas as nações da terra (12:2,3). O Novo Testamento (NT) ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do Evangelho de Cristo (At 3:25; Gl 3:8).

(3) Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial.  Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio Deus.  A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria eternamente com Deus em justiça, alegria e paz (Hb 11:9-10,14-16).  Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11:9,13).

(4) A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos.  Deus requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido.  A obediência e a dedicação demandavam:
a) confiança na palavra de Deus, mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente impossível (15:1-6; 18:10-14);
b) obediência à ordem de Deus para deixar a sua terra (12:4) e,
c) um esforço sincero para viver uma vida de retidão (17:1,2).

(5) A promessa de Deus a Abraão e a sua benção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (isto é, os judeus crentes), mas também a todos aqueles que com fé genuína (12:3) aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira "posteridade" de Abraão (Gl 3:14, 16).  Todos os que são da fé como Abraão, são "filhos de Abraão" (Gl 3:7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3;9).  Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3:29), o que inclui o receber pela fé "a promessa do Espírito" em Cristo Jesus.

(6) Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvívica (15:6).

Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor, não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvívica.

(Estudo Doutrinário, extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal)

FRATERNALMENTE EM CRISTO