terça-feira, 7 de abril de 2020

A Chamada de Abraão


" Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. "
Gênesis 12:1-3

A chamada de Abrão (posteriormente chamado de Abraão, 17:5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá início a um novo capítula na revelação do Antigo Testamento (AT ) sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana.  A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos.  Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus.  Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher.  Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão.

(1) A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1), para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11:13).  Em Abraão, Deus estava estabelecendo o princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles.

(2) Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma benção que alcançaria todas as nações da terra (12:2,3). O Novo Testamento (NT) ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do Evangelho de Cristo (At 3:25; Gl 3:8).

(3) Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial.  Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio Deus.  A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria eternamente com Deus em justiça, alegria e paz (Hb 11:9-10,14-16).  Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11:9,13).

(4) A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos.  Deus requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido.  A obediência e a dedicação demandavam:
a) confiança na palavra de Deus, mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente impossível (15:1-6; 18:10-14);
b) obediência à ordem de Deus para deixar a sua terra (12:4) e,
c) um esforço sincero para viver uma vida de retidão (17:1,2).

(5) A promessa de Deus a Abraão e a sua benção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (isto é, os judeus crentes), mas também a todos aqueles que com fé genuína (12:3) aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira "posteridade" de Abraão (Gl 3:14, 16).  Todos os que são da fé como Abraão, são "filhos de Abraão" (Gl 3:7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3;9).  Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3:29), o que inclui o receber pela fé "a promessa do Espírito" em Cristo Jesus.

(6) Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvívica (15:6).

Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor, não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvívica.

(Estudo Doutrinário, extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal)

FRATERNALMENTE EM CRISTO

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